O Modernismo na Literatura

O Modernismo foi um movimento literário e artístico que surgiu no inicio do século XX, tinha por objetivos romper com o tradicionalismo dos outros movimentos clássicos e acadêmicos, libertar a estética e a criatividade e trazer uma independência cultural ao país.
No Brasil, o Modernismo tem como marco inicial a Semana da Arte Moderna de 1922, que ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo, entretanto, o Modernismo já se fazia presente antes de 1922, com as obras literárias de Lima Barreto, Euclides da Cunha e as pinturas de Anita Malfatti, em 1917, a este período chamamos de Pré-Modernismo (1902-1922), porque nesse período ainda havia influencia de movimentos anteriores como o parnasianismo, naturalismo e simbolismo.
Após a Semana de Arte Moderna de 1922 deu-se inicio a Primeira Fase do Modernismo, também chamada de Fase Heroica (1922-1930), fase em que os escritores se comprometeram a renovar a estética, tendo como base as vanguardas europeias (Expressionismo, Cubismo, Surrealismo, Dadaísmo e Futurismo), na literatura há, também, uma grande mudança na forma de escrever, que rompe com o tradicional, essas mudanças são: a liberdade formal, que é a utilização de versos livres, abandonando as formas fixas, como o soneto; a valorização do cotidiano; e tinham como carro-chefe a vontade de chocar a sociedade, através destas novas técnicas. Nesta fase surgem, também, vários grupos de movimentos modernistas, como: Pau-Brasil, Antropofágico, Verde-Amarelo, Anta, entre outros.
No inicio da década de 30 se inicia a Segunda Fase do Modernismo, também chamada de Fase de Consolidação (1930-1945), que tem como característica a prosa de ficção e o desenvolvimento de temáticas mais regionalistas/nacionalistas. Neste período se busca definir e aprimorar as ideias propostas na Primeira fase, há o amadurecimento nas obras dos escritores da Primeira Fase, e o surgimento de novos nomes na prosa e poesia, entre eles o de Carlos Drummond de Andrade.

A partir do ano de 1945 temos a Terceira Fase do Modernismo, também chamada de Fase de Reflexão (1945-1960) e de 1960 até os dias de hoje é tido como as Tendências Contemporâneas. A Terceira fase e marcada pela prosa, que se divide em três tendências, são elas: a prosa urbana, caracterizada pelos conflitos do individuo com o meio social, tendo como escritores Lygia Fagundes Telles e Ruben Braga; a prosa intimista, caracterizada pelo caráter psicológico tendo Clarice Lispector como principal escritora; e a prosa regionalista com certa renovação formal, tendo Guimarães Rosa e Bernardo Guimarães como principais escritores. Nesta fase há a permanência de antigos poetas, que seguem se renovando e, ainda, a criação de um grupo de escritores que se autodenominam “Geração de 45”, que procuravam uma poesia equilibrada e séria, sendo chamados de Neoparnasianos.

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