Biografia: Clarice Lispector

Clarice Lispector

Clarice Lispector, nasceu na Ucrânia, no dia 10 de dezembro de 1920, foi uma escritora e jornalista brasileira, de origem judia, é considerada uma das escritores mais importantes do século XX. Sua família veio para o Brasil em março de 1922, indo morar em Maceió, no Alagoas, com a irmã de sua mãe. Nascida com o nome de Haia Pinkhasovna Lispector, mas ao vir para o Brasil todos trocam de nome, por iniciativa de seu pai, e Haia passa a se chamar Clarice.
Em 1925 sua família se muda para Recife, no Pernambuco, onde Clarisse passa sua infância. Aprendeu a ler muito cedo. Estudou inglês, francês e cresceu ouvindo o idioma de seus pais o iídiche.            Aos nove anos ficou órfã de mãe. Em 1931 ingressou no melhor colégio público de Recife, o Ginásio Pernambucano.
Em 1937 muda-se, junto com a família, para o Rio de Janeiro. Ingressa no curso de Direito, com 19 anos publicou seu primeiro conto, “Triunfo”. Em 1943 se forma em Direito e se casa com o amigo de turma Maury Gurgel Valente. Neste mesmo ano escreve o romance “Perto do Coração Virgem”, recebendo boas critica e recebendo o premio Graça Aranha em sua estrei na literatura.
Em sua primeira viagem a Nápoles, na Itália, trabalha como voluntária de assistente de enfermagem no Hospital da Força Expedicionária Brasileira, também morou na Inglaterra, Estados Unidos e Suíça, sempre acompanhando o marido.
Em 1948 nasce seu primeiro filho, Pedro, e em 1953, seu segundo filho, Paulo. Em 1959, Clarice se divorcia de seu marido, voltando com os filhos, para o Rio de Janeiro. Logo começa a trabalhar no jornal Correio da Manhã, assumindo a coluna Correio Feminino.
Em 1960 trabalha no Diário de Noite, na coluna Só Para Mulheres. No mesmo ano publica o livro de contos “Laços de Família”, que recebe o premio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro. No ano seguinte publica “A maçã no Escuro”, que recebe o premio de melhor livro do ano em 1962.
Em 1966, Clarice sofre queimaduras na mão direita e no corpo após dormir com um cigarro aceso. Passa a viver isolada, mas sempre escrevendo. No ano seguinte passa a escrever crônicas para o Jornal do Brasil e lança “O mistério do Coelho Pensante”, e passa a integrar o Conselho Consultivo do Instituto Nacional do Livro. Em 1969 já tinha por volta de doze obras publicadas. Recebeu o premio do 10º Concurso Literário Nacional de Brasília. Em 1977 escreve “Hora da Estrela”, seu ultimo romance em vida.
Clarice Lispector morreu no Rio de Janeiro em 9 de dezembro de 1977, de câncer no ovário.
Pertencente a Terceira Fase do Modernismo, Clarice procurava em suas obras atingir as regiões mais profundas da mente para fazer uma sondagem nos mecanismos psicológicos, essa procura que determina as características de seu estilo. O enredo tem importância secundaria. As ações, quando ocorrem, destinam-se a ilustrar as características psicológicas das personagens. São comuns em Clarice historias sem  começo, meio e fim. Por isso, ela se dizia, mais que uma escritora, uma “sentidora”, porque registrava em palavras aquilo que sentia, mais que historias seus livros apresentava impressões.
            Suas principais obras são: Perto do Coração Selvagem (1943); O Lustre (1946); A Cidade Sitiada (1949); A Paixão Segundo GH (1964); Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres (1969); Água Viva (1973); A Hora da Estrela (1977).

Biografia: Fernando Pessoa

Fernando Pessoa

Fernando Pessoa foi um poeta português, nasceu no dia 13 de junho de 1888, foi, também, editor, astrólogo, publicitário, jornalístico, empresário, crítico literário e crítico político.
Ficou órfão aos 5 anos, seu padrasto era o comandante João Miguel Rosa. Mudou-se com a família para a África, onde recebeu educação inglesa.
Em 1901 escreve seus primeiros poemas em inglês, no ano seguinte volta para Lisboa junto com a família. Em 1903 vai sozinho para a África do Sul, onde passa por uma seleção para a Universidade do Cabo da Boa Esperança. Em 1905 volta para Lisboa, onde se matricula no curso de Filosofia, n Faculdade de Letras, mas abandona o curso dois anos depois. Em 1912 estreia como crítico literário.
Em 1915 fundou a revista Orpheu, onde publicava poemas que escandalizava a sociedade da época.
Em 1934 candidatou-se com a obra “Mensagem”, um dos poucos livros publicados em vida, ao Premio de Poesia do Secretariado Nacional de Informações de Lisboa, ficou em segundo lugar.
Faleceu em Lisboa no dia 30 de novembro de 1935.
Fernando Pessoa ficou famoso pelo uso dos heterônimos, que são escritores fictícios com personalidades diferentes; cada poeta criado por Fernando Pessoa tinha sua biografia e traços de personalidade. Entre seus heterônimos temos: Alberto Caeiro da Silva, naturalista e cético; Ricardo Reis, classicista; e Álvaro de Campos, que tinha um estilo associado ao do poeta norte-americano Walt Whitman.

Suas principais obras são: 35 sonnets (1918), Antinous (1918), English Poems I, II e III (1921) e Mensagem (1934).

Biografia: Manuel Bandeira

Manuel Bandeira

Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nasceu em 19 de abril de 1886, em recife, Pernambuco. Sua família deixou o recife para morar no Rio de Janeiro e 2 anos depois voltou para o Pernambuco.
Mudou-se novamente para o Rio de Janeiro em 1896. Com 10 anos de idade publicou seu primeiro poema, um soneto em alexandrinos, isto é, um soneto com versos compostos por doze silabas poéticas, que sai na primeira pagina do Correio da Manhã.
Em 1903 foi para São Paulo para estudar, em 1908 iniciava sua preparação para se tornar um arquiteto. Porém um ano depois teria que abandonar os estudos, pois adoece dos pulmões. Devido a este fato ele foi para o Rio de Janeiro, em busca de seus climas serranos.
Em 1913 foi para a Europa para se tratar no Sanatório Clavadel, onde reaprende o alemão que estudou no ginásio. Em 1914 voltou para o Brasil por causa da guerra.
Em 1916 sua mãe morre, em 1917 publicou seu primeiro livro A Cinza das Horas. Em 1918 perde sua irmã e, em 1920, seu pai. Em 1921 conhece Mario de Andrade, com quem já se correspondia, porém não participa da Semana da Arte Moderna em 1922. Neste mesmo ano veio, também, a morte de seu irmão.
Nos anos seguintes publica poesias, artigo e criticas por insistência de Mario de Andrade, começando, então, a ganhar dinheiro com a literatura. Em 1931 começa a escrever crônicas para o Diário Nacional e criticas de cinema para o Diário da Noite, do Rio de Janeiro.
Em 1935 é nomeado inspetor de ensino secundário e no ano seguinte é homenageado pelos seus 50 anos através da publicação de obras em que Manuel estava envolvido.
Nos anos seguintes ganhou outras nomeações e prêmios literários, reconhecendo seu trabalho como escritor e critico literário. Em 1941 estreou como critico de artes plásticas.
No dia 13 de outubro de 1968 Manuel Bandeira falece no Hospital Samaritano, em Botafogo, no Rio de Janeiro.
Em virtude de ter se formado com base nas referências literárias do Parnasianismo e Simbolismo, Bandeira não se mostrou preocupado em se adequar a esta ou àquela tendência, mas sim em proferir de maneira magistral as emoções que desejava transmitir por meio de suas criações. E em todas as fases há ainda aspectos dignos de menção, entre os quais o fato de nelas prevalecerem três temas dos quais o poeta fez constante uso: a infância, o amor e a morte.

Suas principais obras são: Cinzas da Hora (1917), Carnaval (1919), Libertinagem (1930), Estrela da manha (1936) e Estrela da tarde (1960).

Biografia: Oswald de Andrade

Oswald de Andrade


José Oswald de Sousa foi um dos maiores nomes do movimento modernista brasileiro, nasceu em São Paulo em 1880.
Em 1911 ele fundou a revista O Pirralho e se formou em Direito em 1919, 2 anos depois começou a organizar a campanha modernistas com o apoio dos poetas Mario de Andrade e Manuel Bandeira e da pintora Anita Malfatti.
Oswald ajudou a organizar a Semana de Arte Moderna, dentro desse movimento teve como companheiro seu amigo Mario de Andrade, com quem formou a maior dupla na literatura modernistas no Brasil.
Em sua primeira viagem a Europa, em 1912, onde conheceu os movimentos de vanguarda, onde só 10 anos depois começou a usar as técnicas trazidas de lá. Fez divulgação do Futurismo e do Cubismo.
Na década de 1920 escreveu para muitas mídias, publicou a Trilogia do Exílio e ajudou a divulgar a estética moderna com os movimentos Pau-Brasil (1924) e Antropofágico (1928).
Oswald foi integrante do Partido Comunista entre os anos de 1931 e 1945, onde foi alvo de perseguição politica pela sua militância. Ele se torno livre-docente em literatura brasileira na USP, com a tese A Arcádia e a Inconfidência. Oswald foi, também, autor de crônicas, utilizando um estilo macarrônico, e atuou como critico de literatura e das artes.
Faleceu em São Paulo, no ano de 1954.
Suas principais obras são: Poesia pau-brasil (1915), Os condenados (1922), Memórias Sentimentais de João Miramar (1924), Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade (1927), Serafim Ponte Grande (1933).

Biografia: Mario de Andrade

Mario de Andrade


Mario Raul de Morais Andrade, mais conhecido como Mario de Andrade, nasceu no dia 9 de outubro de 1893 na cidade de São Paulo.
No ano de 1903, com apenas 10 anos de idade, ele escreve o seu primeiro poema-canção no qual não agradou sua mãe, após 2 anos ingressou no ginásio e em 1909 se formou em bacharel em ciências e letras, e no ano seguinte iniciou seu curso superior na faculdade de Filosofia e Letras.
Em 1911 iniciou os estudos artísticos no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e conclui no ano de 1915 o curso de canto e a partir daí se dedica a carreira de professor de musica.
Como voluntario conclui o serviço militar em 1916, e em 1917 se forma em piano ainda pelo Conservatório. Neste mesmo ano morre seu pai e o escritor publica “Há uma gota de sangue em cada poema”, sob o pseudônimo Mario Sobral, ainda no ano de 1917 através da exposição de Anita Malfatti ele entra em contato com a modernidade com o barroco mineiro, pela sua primeira visita a Minas.
Sua carreira prossegue e suas obras são publicadas em jornais e revistas. No Conservatório trabalha como professor de historia da arte e faz parte da sociedade de cultura artística, participa de diversos eventos ligados à arte, conhece Oswald de Andrade e é apresentado por ele a muitas pessoas como poeta modernista.
Em 1922 participa da semana de arte moderna, e torna-se um poeta e critico literário. Ele vira um dos maiores ícones do modernismo brasileiro, e publica diversas obras das mais conhecidas do movimento modernistas.
Nos anos seguintes colabora para a literatura como: cronista, critico, poeta, romancista e apreciador das artes plásticas. Em 1928 escreve Macunaíma uma de suas obras primas.
Atua na politica como membro do Partido Democrático, apoia a Revolução de 30, defende o nacionalismo musical e é contra o Estado Novo.
No movimento das vanguardas modernistas atua de forma fundamental, fazendo parte de diversos grupos artísticos, lecionando em diferentes locais, escrevendo para defender suas ideias artísticas e combater os conceitos antigos da arte.
Em 1945, após ser reconhecido como grande poeta durante três décadas, e morreu em São Paulo, no dia 25 de fevereiro, vitima de um enfarte.
Apos sua morte são publicados Lira Paulistana e Poesias Completas.
Tem como característica o controle os sentimentos para atingir seus objetivos literários e como temática utiliza os fatos do cotidiano.

Suas obras são: Há uma gota de sangue em cada poema (1917); A escrava que não é Isaura (1925); Losango Caqui (1926); Amar, verbo intransitivo (1927); Macunaíma (1928).

Biografia: Di Cavalcanti

Di Cavalcanti


Emiliano Di Cavalcante nasceu em 1897, no Rio Janeiro.
Começou sua atividade artística em 1914 como desenhista, fazendo ilustrações, charges e caricaturas. Iniciou sua carreira publicando charges politicas na revista Fon-Fon 1916.
Em 1917 transferiu-se para São Paulo ingressar na faculdade de Direito do Largo de São Francisco, continua fazendo ilustrações e começa a pintar. O jovem Di Cavalcante frequenta o atelier do impressionista George Elpons e torna-se amigo de Mario de Andrade e Oswald de Andrade.
Ainda em 1917 fez a primeira exposição individual para a revista “A Cigana”. Em 1919 fez a ilustração do livro “Carnaval” de Manuel Bandeira.
Em 1922 participou da Semana da Arte Moderna, no Teatro Municipal de São Paulo, expondo 11 obras de arte e elaborando a capa do Catálogo.
Em 1923, foi morar em Paris como correspondente internacional do jornal Correio da Manhã. Retornou para o Brasil dois anos depois e foi morar na cidade do Rio de Janeiro. Em 1926, fez a ilustração da capa do livro “O Losango de Caqui” de Mario de Andrade. Também fez uma nova exposição individual, onde Mario de Andrade não poupou elogios aos seus trabalhos e à maneira esplendida como mostrou o Brasil o Brasil como ele é.
Em 1928, filiou-se ao partido comunista do Brasil. Di Cavalcanti fez uma nova viagem a Paris e cria os primeiros painéis modernos do Brasil para o teatro João Caetano, no Rio 1929, e neles deixou as marcas de seu estilo: um Cubismo Atenuado por curvas brancas e motivos populares como o carnaval e o samba.
Em 1934 foi morar na cidade de recife. De 1936 a 1940 morou novamente na Europa.
Em 1937 recebeu ema medalha de ouro pela decoração do pavilhão da companhia Franco-Brasileiro. Em 1938 trabalhou na radio francesa Diffusion Française. Na década de 1940 foi marcado pela sua maturidade artística e o reconhecimento público no cenário da arte moderna brasileira. Em 1948, faz uma exposição individual de retrospectiva no IAB de São Paulo.
Em 1953 foi premiado junto com o pintor Alfredo Volpi, como melhor pintor nacional na II Bienal de São Paulo. Em 1956 recebeu o primeiro premio na Mostra de Arte Sacra (Itália). Em 1958 pintou a Via Sacra para a catedral de Brasília. E em 1971, ocorreu a retrospectiva da obra de Di Cavalcante no Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Morreu em 26 de outubro de 1976, na cidade do Rio de Janeiro.

Cinco Moças de Guaratinguetá, 1930.
Fonte da imagem: Google.

Samba, 1925.
Fonte da imagem: Google.

O Modernismo na Literatura

O Modernismo foi um movimento literário e artístico que surgiu no inicio do século XX, tinha por objetivos romper com o tradicionalismo dos outros movimentos clássicos e acadêmicos, libertar a estética e a criatividade e trazer uma independência cultural ao país.
No Brasil, o Modernismo tem como marco inicial a Semana da Arte Moderna de 1922, que ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo, entretanto, o Modernismo já se fazia presente antes de 1922, com as obras literárias de Lima Barreto, Euclides da Cunha e as pinturas de Anita Malfatti, em 1917, a este período chamamos de Pré-Modernismo (1902-1922), porque nesse período ainda havia influencia de movimentos anteriores como o parnasianismo, naturalismo e simbolismo.
Após a Semana de Arte Moderna de 1922 deu-se inicio a Primeira Fase do Modernismo, também chamada de Fase Heroica (1922-1930), fase em que os escritores se comprometeram a renovar a estética, tendo como base as vanguardas europeias (Expressionismo, Cubismo, Surrealismo, Dadaísmo e Futurismo), na literatura há, também, uma grande mudança na forma de escrever, que rompe com o tradicional, essas mudanças são: a liberdade formal, que é a utilização de versos livres, abandonando as formas fixas, como o soneto; a valorização do cotidiano; e tinham como carro-chefe a vontade de chocar a sociedade, através destas novas técnicas. Nesta fase surgem, também, vários grupos de movimentos modernistas, como: Pau-Brasil, Antropofágico, Verde-Amarelo, Anta, entre outros.
No inicio da década de 30 se inicia a Segunda Fase do Modernismo, também chamada de Fase de Consolidação (1930-1945), que tem como característica a prosa de ficção e o desenvolvimento de temáticas mais regionalistas/nacionalistas. Neste período se busca definir e aprimorar as ideias propostas na Primeira fase, há o amadurecimento nas obras dos escritores da Primeira Fase, e o surgimento de novos nomes na prosa e poesia, entre eles o de Carlos Drummond de Andrade.

A partir do ano de 1945 temos a Terceira Fase do Modernismo, também chamada de Fase de Reflexão (1945-1960) e de 1960 até os dias de hoje é tido como as Tendências Contemporâneas. A Terceira fase e marcada pela prosa, que se divide em três tendências, são elas: a prosa urbana, caracterizada pelos conflitos do individuo com o meio social, tendo como escritores Lygia Fagundes Telles e Ruben Braga; a prosa intimista, caracterizada pelo caráter psicológico tendo Clarice Lispector como principal escritora; e a prosa regionalista com certa renovação formal, tendo Guimarães Rosa e Bernardo Guimarães como principais escritores. Nesta fase há a permanência de antigos poetas, que seguem se renovando e, ainda, a criação de um grupo de escritores que se autodenominam “Geração de 45”, que procuravam uma poesia equilibrada e séria, sendo chamados de Neoparnasianos.

Movimentos Artísticos do Modernismo

Realismo


O Realismo foi um movimento artístico que teve inicio no ano de 1857 na França.
Suas características eram representar a realidade como ela é ou o mais próximo possível.
Os artistas do realismo buscam um equilíbrio entre a linha (associada à intelectualidade) e a cor (emotividade), usando os tons fechados e menos vibrantes. Cada traço é expressivo e denuncia a personalidade de seu criador.
Alguns artistas deste movimento são: Theodore Rousseau, Anton Rudolf Mauve e Jean-François Millet.

Les Chênes d'Apremont (1850-1852), Theodore Rousseau.
Fonte da imagem: Wikipedia.

Impressionismo


Pode-se dizer que o Impressionismo foi uma tendência da arte, surgido na França no final do século XIX.
Na pintura impressionista os artistas não pintam os objetos como eles são, mas sim como eles se apresentam sob a ação deformadora da luz e fazem pinturas com manchas, usando pinceladas soltas; os tons de negro, cinza e castanho são excluídos das paletas.
Tem como artistas: Claude Monet, Edgar Degas, Pierre-Auguste Renoir, etc..

Nature morte avec melon (Natureza morta com melão) (1872), Claude Monet.
Fonte da imagem: Wikipedia.

Fauvismo


É um movimento artístico surgido no inicio do século XX, na França.
Os Fauvistas interessavam-se pelo uso da cor pura e brilhante, em pinturas que retratavam sensações primarias e vitais, eles recusavam as regras tradicionais de pintura, para eles as regras acadêmicas limitavam a criatividade.
Os principais artistas são: Henri Matisse, Paul Gauguin, André Derain entre outros.


Bacchic Dance (1906), André Derain.
Fonte da imagem: Blog Pincel-photos.

Art Nouveau


A “arte nova” é um estilo artístico que surgiu na França na década de 1890.
Geralmente os artistas usavam para sua criação motivos baseados na decoração das casas e em objetos, usando de preferencia o contrate entre o preto e os tons pastéis, o amarelo e o azul para acentuar as formas. Pintavam-se mulheres altas e delgadas, mostradas em situações contemplativas e crianças em situações cotidianas.
Victor Horta, Jan Toorop, Émile Gallé são seus principais artistas.

Delft Salad Oil (Óleo de Salada Delft) (1893), Jan Toorop.
Fonte da magem: Blog Uzinga.

Expressionismo


É um movimento artístico surgido no inicio do século XX na Alemanha.
Suas características é expressar sentimentos humanos com uma pintura dramática, utilizando cores irreais, mostrando o medo, a solidão, a miséria, deformando a figura para ressaltar o sentimento.
Os principais artistas são: Edvard Munch, Vincent Van Gogh, Chaïm Soutine entre outros.

Skrik (O Grito) (1893), Edvard Munch.
Fonte da imagem: Wikipedia.

Cubismo


É um movimento artístico que surgiu no século XX.
Os pintores cubistas tentam representar os objetos em três dimensões numa superfície plana sob formas geométricas, usando linhas retas, eles descontrói a imagem (fragmentam-na) mostrando-a em vários ângulos e sempre harmonizavam as cores utilizadas.
Os principais artistas cubistas são: Pablo Picasso, Georges Braque, Fernand Réger entre outros.

Les Demoiselles d'Avignon (1907), Pablo Picasso.
Fonte da imagem: Wikipedia. 

Futurismo


Surgiu na Itália no ano de 1909. Os pintores do Futurismo adaptaram as mesmas técnicas do Cubismo.
As obras refletem o mesmo ritmo da sociedade, para expressar velocidade na pintura os artistas recorrem à repetição dos traços da figura, na pintura os futuristas usam a policromia (varias harmonias de cores).
Os artistas do Futurismo são: Umberto Boccioni, Luigi Russolo, Anita Malfatti entre outros.

Viste Simultanee (Visões Simultâneas) (1911), Umberto Boccioni.
Fonte da imagem: Wikipedia.


Abstracionismo


A arte abstrata surgiu no começo do século XX na Europa.
Na arte abstrata o artista trabalha muitos conceitos, intuições e sentimentos, onde uma mesma obra de arte pode ser vista, sentida e interpretada de varias formas; utilizavam-se as cores mais fortes como o azul, vermelho, verde, laranja, etc.
Os artistas abstratos são: Wassily Kandinsky, Paul Klee, Antón Lamazares entre outros.

No Branco II (1923), Wassily Kandinsky.
Fonte da imagem: Wikipedia.

Dadaísmo


Surgiu em Zurique no ano de 1916, e é considerado anti-arte (o que não é arte).
Os artistas utilizavam objetos do cotidiano, fotografias, jornais e diversos outros elementos, no mínimo, inusitados, eles utilizam vários formatos de expressões, e transformavam qualquer coisa em obra de arte.
Os principais artistas do Dadaísmo são: Marcel Duchamp, Hans Arp, Hannah Höck entre outros.

A Fonte (1917), Marcel Duchamp.
Fonte da imagem: Wikipedia.

Metafísica


A metafisica foi criada entre 1910 e 1915 em Paris, na França.
A pintura deve criar uma impressão de mistério de associações pouco comuns de objetos totalmente imprevistos, muitas vezes pinturas de frutas, legumes, manequins e estatuas. A pintura metafisica explora efeitos de luzes misteriosas, sombras sedutoras, cores ricas e profundas.
Seus artistas são: Giorgio de Chirico, Carlo Carrà, Valori Plastici entre outros.

A Torre Vermelha (1913), Giorgio de Chirico.
Fonte da imagem: Wikipedia.

Surrealismo


O movimento surrealista nasceu no inicio do século XX em Paris, na França.
Os artistas do surrealismo procuravam superar os limites impostos à imaginação, pintando algo irreal e fora do comum, ele se caracteriza principalmente pela negação da logica e do racional.
Principais artistas do movimento são: André Breton, Isidore Ducasse, Max Ernst entre outros.

L'Ange du Foyer (1937), Max Ernst.
Fonte da imagem: Wikipedia.

Pop Art


É um movimento artístico surgido na década de 50 na Inglaterra e nos Estados Unidos.
Os artistas desse movimento buscaram inspiração na cultura, para criar suas obras, eles aproximavam e ao mesmo tempo ironizavam a vida cotidiana, usavam latas de refrigerante, embalagens, historias em quadrinhos e outros objetos para sua criação.
Eles trabalhavam com cores vivas, a técnica de repetir várias vezes os mesmo objetos com cores diferentes e a colagem foram muito utilizados.
Os principais artistas do movimento Pop Art são: Andy Warhol, Peter Blake, Wayne Thiebaud entre outros.

Che Guevara (1968), Andy Warhol.
Fonte da imagem: Wikipedia.

Minimalismo


O minimalismo surge por volta de 1960 nos Estados Unidos.
Os artistas do movimento elaboravam obras (pinturas, esculturas) com a utilização do mínimo de recursos, e do uso de poucas cores nas pinturas, nas artes plásticas abusavam do uso de formas geométricas com repetições simétricas.
Principais artistas minimalistas são: Dan Flavin, Sol Lewitt, Donald Judd entre outros.

Litografia sem titulo (1992), Sol LeWitt.

Semana da Arte Moderna de 1922

A Semana de Arte Moderna de 1922 ocorreu em São Paulo, no Teatro Municipal, de 11 a 18 de fevereiro, tendo como propósitos renovar a arte e cultura brasileira, rompendo com o passado e criando uma arte realmente brasileira, mas tendo como base as novas tendências europeias. Essas renovações abrangeram os campos da literatura, das artes plásticas, da arquitetura e da musica.
Durante essa semana, houve o manifesto de varias linguagens, experiências artísticas e uma liberdade que rompeu com o tradicionalismo do passado, com a vinda destes novos conceitos novos nomes surgiram, como os de Mario e Oswald de Andrade na literatura, Victor Brecheret, na escultura e de Anita Malfatti, na pintura. A Semana, como toda inovação, não foi bem visto pelos tradicionalistas, recebendo criticas ferozes para que seus ideais fossem destruídos, sem falar que a elite se sentiu violentada por ter suas preferencias questionadas, já que estavam acostumados à clássica e tradicional arte.
Podemos dizer que o manifesto da Semana da Arte Moderna se deve em grande parte a Anita Malfatti. Em 1917, Anita voltou da Europa e trazia em sua bagagem as experiências vanguardistas europeias, e realizou a primeira exposição do Modernismo brasileiro, que foi alvo de criticas ferozes, a mais conhecida foi de Monteiro Lobato no artigo Paranoia ou Mistificação, com o titulo “A proposito de Exposição Malfatti”, no jornal O Estado de São Paulo, em 20 de dezembro de 1917, vejamos trechos deste artigo:
           
         “Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que veem normalmente as coisas e em consequência fazem arte pura, guardados os eternos ritmos da vida, e adotados, para a concretização das emoções estéticas, os processos clássicos dos grandes mestres (...)
A outra espécie é formada dos que veem anormalmente a natureza e a interpretam à luz de teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica excessiva. São produtos do cansaço e do sadismo de todos os períodos de decadência; são frutos de fim de estação, bichadas ao nascedouro (...) Embora eles se deem como novos precursores duma arte a vir, nada é mais velho do que a arte anormal ou teratológica: nasceu com a paranoia e com a mistificação (...) Sejamos sinceros, futurismo, cubismo, impressionismo e tutti quanti não passam de outros tantos ramos da arte caricatural (...)”. (LOBATO, Monteiro. A proposito da Exposição Malfatti: Paranoia ou mistificação. O Estado de São Paulo, Dez de 1917).

         Esse artigo, que deixou Anita Malfatti em estado de tristeza profunda, foi o empurrão final para a organização da Semana da Arte Moderna, Di Cavalcanti, um dos principais idealizadores da Semana, se reuniu com Rubens Borda, Ronald de Carvalho, Anita Malfatti e outros artistas e intelectuais da época para organizar todo o manifesto da Semana da Arte Moderna. O catalogo, feito por Di Cavalcanti, contava com os nomes de Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Yan de Almeida Prado, John Graz, Oswaldo Goeldi, entre outros, na pintura e no desenho; Victor Brecheret, Hidegardo Leão Velloso e Wilhelm Haarberg, na escultura; Antônio Garcia Moya e Georg Przyrembel, na arquitetura; Mario e Oswald de Andrade, Menotti Del Picchia, Sergio Millet, Plínio Salgado, entre outros, na literatura; e Villa-Lobos, Guiomar Novais, Ernani Braga e Frutuoso Viana, na musica. Após a Semana de Arte muitos artistas voltaram a Europa, enfraquecendo o movimento no país, mas Tarsila do Amaral ficou e continuou enriquecendo as artes plásticas brasileiras.
No movimento modernista brasileiro poucos tinham os mesmos ideais, fazendo surgir, então, várias correntes modernistas, mas todos seguindo o legado de libertar a arte brasileira e construir uma cultura inteiramente nacional, são elas: o Movimento Pau-Brasil,que apresentava uma posição primitivista, buscando uma poesia ingênua, de redescoberta do mundo e do Brasil; o Movimento Verde-Amarelo, com uma tendência nacionalista/nativista; e o Movimento Antropofágico, que tinha por objetivo a ingestão da cultura interna e externa, ou seja, não se deve negar a cultura estrangeira, mas ela não deve ser imitada. Os principais meios de divulgação desses ideais era a revista Klaxon e a revistas de Antropofagia, ambas em São Paulo.



Capa de Di Cavalcanti para o Catálogo da Exposição
Fonte da imagem: site Pitoresco

Contexto histórico do Modernismo - Século XX

O inicio do século XX foi marcado pelo grande desenvolvimento técnico, industrial e econômico vindos da Revolução Industrial e do Neocolonialismo iniciado no século anterior, mas também foi marcado por vários conflitos, devido a divergências econômicas, houve a Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa. Após a Primeira Guerra Mundial houve a formação do Fascismo na Itália e do Nazismo na Alemanha, tendo em seguida a Segunda Guerra Mundial. Na sociedade acentuaram-se as diferenças entre as classes mais ricas e mais ricas, dando destaque para a Rússia durante a Primeira Guerra e a Alemanha após a Primeira Guerra. E foi nesse contexto que se desenvolveu o conjunto de movimentos culturais, tanto literários como artísticos, denominado Modernismo.
Na pintura e na escultura desenvolveram-se varias manifestações artísticas como o Expressionismo, o Fauvismo, o Cubismo, o Abstracionismo, o Surrealismo, o Futurismo, etc.. Cada qual com suas técnicas, elas expressam as aflições e as esperanças da época e do novo homem moderno.
Na literatura muitos escritores e poetas romperam com o antigo e tradicional e inovaram com as tendências modernistas baseadas nas vanguardas europeias.
No Brasil o Modernismo tem como inicio oficial em 1922 com a chamada Semana da Arte Moderna de 1922.