Clarice Lispector |
Clarice Lispector, nasceu na Ucrânia, no
dia 10 de dezembro de 1920, foi uma escritora e jornalista brasileira, de
origem judia, é considerada uma das escritores mais importantes do século XX.
Sua família veio para o Brasil em março de 1922, indo morar em Maceió, no
Alagoas, com a irmã de sua mãe. Nascida com o nome de Haia Pinkhasovna
Lispector, mas ao vir para o Brasil todos trocam de nome, por iniciativa de seu
pai, e Haia passa a se chamar Clarice.
Em 1925 sua família se muda para Recife,
no Pernambuco, onde Clarisse passa sua infância. Aprendeu a ler muito cedo.
Estudou inglês, francês e cresceu ouvindo o idioma de seus pais o
iídiche. Aos
nove anos ficou órfã de mãe. Em 1931 ingressou no melhor colégio público de
Recife, o Ginásio Pernambucano.
Em 1937 muda-se, junto com a família, para
o Rio de Janeiro. Ingressa no curso de Direito, com 19 anos publicou seu
primeiro conto, “Triunfo”. Em 1943 se forma em Direito e se casa com o amigo de
turma Maury Gurgel Valente. Neste mesmo ano escreve o romance “Perto do Coração
Virgem”, recebendo boas critica e recebendo o premio Graça Aranha em sua estrei
na literatura.
Em sua primeira viagem a Nápoles, na
Itália, trabalha como voluntária de assistente de enfermagem no Hospital da
Força Expedicionária Brasileira, também morou na Inglaterra, Estados Unidos e
Suíça, sempre acompanhando o marido.
Em 1948 nasce seu primeiro filho, Pedro, e
em 1953, seu segundo filho, Paulo. Em 1959, Clarice se divorcia de seu marido,
voltando com os filhos, para o Rio de Janeiro. Logo começa a trabalhar no
jornal Correio da Manhã, assumindo a coluna Correio Feminino.
Em 1960 trabalha no Diário de Noite, na
coluna Só Para Mulheres. No mesmo ano publica o livro de contos “Laços de
Família”, que recebe o premio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro. No ano
seguinte publica “A maçã no Escuro”, que recebe o premio de melhor livro do ano
em 1962.
Em 1966, Clarice sofre queimaduras na mão
direita e no corpo após dormir com um cigarro aceso. Passa a viver isolada, mas
sempre escrevendo. No ano seguinte passa a escrever crônicas para o Jornal do
Brasil e lança “O mistério do Coelho Pensante”, e passa a integrar o Conselho
Consultivo do Instituto Nacional do Livro. Em 1969 já tinha por volta de doze
obras publicadas. Recebeu o premio do 10º Concurso Literário Nacional de
Brasília. Em 1977 escreve “Hora da Estrela”, seu ultimo romance em vida.
Clarice Lispector morreu no Rio de Janeiro
em 9 de dezembro de 1977, de câncer no ovário.
Pertencente a Terceira Fase do Modernismo,
Clarice procurava em suas obras atingir as regiões mais profundas da mente para
fazer uma sondagem nos mecanismos psicológicos, essa procura que determina as
características de seu estilo. O enredo tem importância secundaria. As ações,
quando ocorrem, destinam-se a ilustrar as características psicológicas das
personagens. São comuns em Clarice historias sem começo, meio e fim. Por
isso, ela se dizia, mais que uma escritora, uma “sentidora”, porque registrava
em palavras aquilo que sentia, mais que historias seus livros apresentava
impressões.
Suas principais obras são: Perto do
Coração Selvagem (1943); O Lustre (1946); A Cidade Sitiada (1949); A Paixão
Segundo GH (1964); Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres (1969); Água Viva
(1973); A Hora da Estrela (1977).